As estradas que cortam nosso país inteiro simbolizam sinônimo de desenvolvimento e progresso. É pelas estradas que motoristas se deslocam e por onde escoam a produção que faz com que nossa economia funcione.
Nas minhas idas e vindas a cidade de Afonso Cunha, algo tem me chamado muita atenção. Além do sofrimento que é enfrentar uma estrada ruim, com poeira ao longo de 46km, ao sair de Coelho Neto qualquer cidadão se depara com uma cena no mínimo deplorável em pleno século XXI pelo menos para quem usa a razão e o bom senso.
É comum carros e motos diminuírem a velocidade ao entrar na estrada que liga os dois municípios, para evitar uma colisão com os urubus que atravessam de um lado para outro, graças a toneladas de penas de frango “servidas” a céu aberto como se aquele fosse um depósito totalmente apropriado. O que revolta não é apenas isso, o que é inaceitável é ver que todo mundo sabe quem faz, mas ninguém faz nada, ou por acomodação ou por omissão. Desenvolvimento Sustentável, Meio Ambiente protegido, nenhuma dessas palavras constam no dicionário de um empresário que permite que a natureza seja agredida dessa forma. E o Código de Posturas do Município, não prevê nenhuma sanção a atitudes como essa? Será que esses abusos só acontecem em Coelho Neto?
Ações como essa, passam à imagem de que as coisas por aqui acontecem como na terra de ninguém… Cadê a Vigilância Sanitária? Cadê a Secretaria de Meio Ambiente? Cadê o Ministério Público? Alguém vai fazer alguma coisa, ou teremos que continuar convivendo com a pena da vergonha? Enquanto as instituições responsáveis despertam do sono da inoperância, a população assiste estupefata da janela do ônibus o show dos urubus. Uma vergonha… pra quem tem, é claro!