LÍNGUA SOLTA RETRÔ ANO II: NOSSA MATÉRIA MAIS POLÊMICA

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PARALISIA DE ADVERTÊNCIA OU PARALISADOS

O $indicato dos Professores de Coelho Neto realizou no último dia 23 (terça-feira) uma paralisia de advertência nas escolas da rede municipal de ensino. Em nota que rodava no carro de som, o $indicato alegava que tal feito estava acontecendo devido às negociações com a Prefeitura estarem “frustradas”. Mas todo mundo sabe muito bem que essa lenga-lenga já conhecemos muito bem. Passou Márcia Bacelar, Magno Bacelar e agora no governo do Prefeito Soliney Silva não poderia ser diferente e a briga é sempre a mesma, o reajuste salarial dos professores. As outras reivindicações podem esperar, mas o $alário sempre é a prioridade.

Alguns diretores do $indicato sempre cheios de razão, enchem o peito pra cobrar prestação de contas do Executivo, mas ninguém de fato nunca soube mesmo onde é empregado os recursos que o Sindicato recolhe dos filiados. O que já foi construído em benefício dos professores com esse recurso? Há quem diga que aquela sede e sua manutenção, de estilo no mínimo de mal gosto feito sei lá por quem, consome até hoje esse recurso. De quebra estamos falando do mesmo $indicato que indicou todo o pessoal da SEMED no início do ano e que transformou a SEMED num caos. Quem não lembra que a maioria dos coordenadores e superintendentes eram justamente os “chefes líderes” do Sindicato?

No ponto de concentração estavam meia dúzia de gatos pingados. Apenas estes se encontravam “paralisados” na Praça Duque Bacelar. Mas a pergunta que não quer calar é justamente outra: Quando o $indicato vai fazer greve para melhorar o IDEB do município? Quando os alunos do município serão referência no ENEM? Quando não teremos mais que passar pela vergonha da UEMA fazer um vestibular e não haver preenchimento das vagas porque os alunos não passaram?

A população precisa de fato começar a olhar o outro lado da moeda. É importante pontuar que a ausência dos alunos na escola em nada reflete o apoio destes, à greve, ao contrário, os alunos não vão porque simplesmente é um alívio não ir para esse modelo de escola que ai está. Que professores fingem que ensinam e que alunos fingem que aprendem. Nosso aluno tem repulsa da escola, e é só dizer a eles que tem um feriado que se percebe a comemoração, porque temos uma escola que exige que alunos fiquem quatro horas sentados numa carteira ouvindo apenas uma pessoa falar o tempo todo, uma aula sem dinâmicas, na atrativa e cansativa por natureza.

Muitos dos que cobram a melhoria no $alário não são tão bons professores assim. Não se conta nos dedos os que faltam demais, os que enrolam a aula e que passam o tempo toda fora da sala passeando ou no celular. O Diário de Classe destes é uma negação, não só pelos borrões, mas por passar até um mês para preencher o documento. É só conversar com alguns diretores e coordenadores para comprovar o que falam. Enfim não sou contra o movimento grevista, ele é legítimo e assegurado por Lei. O que não me desce goela abaixo é ver que justamente muitos dos que estão gritando e puxando o movimento são justamente aqueles que nunca tiveram um bom exemplo a dar. São péssimos professores e que em nada servem de boa referência à classe. Aos BONS PROFESSORES de fato, o bom senso e a certeza de que a valorização começa a partir de uma auto-avaliação que refletirá na melhoria do ensino e conseqüentemente na melhoria salarial.

26 de junho de 2009

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