O Maranhão, de acordo com dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad – 2013), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou a menor proporção de domicílios em relação à segurança alimentar (39,1%), seguido do Piauí (44,4%). Dos 26 estados e o Distrito Federal, os dois estados são os únicos abaixo de 50% com alimentação não assegurada.
Segundo dados da pesquisa Suplemento de Segurança Alimentar, do Pnad – 2013, o Maranhão ocupa o primeiro lugar no ranking da insegurança alimentar registrando 23,7%, um número preocupante colocando o estado em uma das situações mais críticas do país.
Para enfrentar esse quadro de insegurança alimentar e nutricional no Maranhão, o Governo do Estado, por meio do Sistema de Agricultura Familiar (SAF, Agerp e Iterma), participou nesta quinta-feira, 05, na Embrapa Agroindústria de Alimentos, no Rio de Janeiro, de uma reunião para estreitar a parceria entre o Sistema e a Embrapa Agroindústria e Meio Norte e discutir as principais perspectivas para a biofortificação de alimentos no Maranhão.
Estiveram presentes na reunião, o secretário de Estado da Agricultura Familiar (SAF), Adelmo Soares; as coordenadoras da SAF Loroana Santana (Assessoria de Planejamento), e Adelana Santos (Soberania Alimentar, Agroecologia e Tecnologias Sociais); o diretor da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Maranhão (Agerp), Pedro Pascoal; o analista da Embrapa Meio Norte, Marcos Jacob; os pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos, José Luiz Viana e Marília Nutti; e Raphael Santos, da Rede Biofort;
A biofortificação de alimentos é um processo de cruzamento de plantas da mesma espécie que resulta em cultivares mais nutritivas quanto ao teor de ferro, zinco e vitamina A. O projeto trabalha com o melhoramento de oito cultivares que são o arroz, feijão, feijão caupi, milho, abóbora, trigo, mandioca e batata doce.
Para o secretário Adelmo Soares, a parceria entre o Governo do Estado e a Embrapa Agroindústria de Alimentos e a Embrapa Meio Norte vai fortalecer e avançar no quesito segurança alimentar com a biofortificação.
“O Sistema de Agricultura Familiar tem capacidade técnica para realizar as atividades do projeto e o Governo tem a necessidade de ajudar os agricultores maranhenses por meio da produção de alimentos biofortificados para promover a segurança alimentar, que é uma política pública que avança no Brasil e no mundo,” destacou Adelmo.
Segundo Adelmo, a parceria entre o Governo e as entidades só tem a contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e melhorar os índices que o Maranhão se encontra em relação à insegurança alimentar. Para isso, as instituições estão elaborando o I Fórum dos Alimentos Biofortificados no Maranhão.
De acordo com a coordenadora de Soberania Alimentar, Agroecologia e Tecnologias Sociais da SAF, Adelana Santos, os alimentos biofortificados são alimentos melhorados geneticamente que vão incrementar a alimentação do agricultor familiar.
“A alimentação básica dos agricultores maranhenses é composta basicamente por macaxeira (mandioca), batata doce, arroz, feijão e milho, então, melhorar o valor nutricional desses alimentos vai oferecer uma alimentação mais rica nutricionalmente e combater a desnutrição no campo. O agricultor poderá produzir este tipo de alimento para comercializar e para auto consumo,” disse.
Uma das missões do governo Flávio Dino é de melhorar os Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), prioritariamente dos 30 municípios mais pobres, com várias ações envolvendo diversas secretarias e órgãos estaduais e federais para combater a pobreza, fome e promover a segurança alimentar e nutricional da população, principalmente a rural.
“A parceria com a Embrapa vai fortalecer nos municípios que já existem o projeto e vamos inserir as comunidades quilombolas que estão no quadro de desnutrição nutricional, em que crianças quilombolas de 0 a 5 anos de idade são as mais afetadas,” ressaltou Adelana.
A segurança alimentar é uma política pública essencial para combater a fome no estado e no país. Fortalecer a agricultura familiar, que no Maranhão representa 70%, e levar a Assistência técnica (Ater) ao pequeno produtor são essenciais para promover a segurança alimentar por meio da produção de alimentos de boa qualidade e com maiores valores nutricionais, como os biofortificados.
Alimentos biofortificados na Agritec
Durante a realização da 2ª Feira de Agricultura Familiar e Agrotecnologia do Maranhão (Agritec), do território dos Cocais, no estande do Sistema SAF, alimentos biofortificados cultivados no estado, como o milho, o arroz BR 106, batata doce, feijão caupi, feijão xique-xique e outros, serão expostos por três agricultores que desenvolvem o projeto em suas áreas.
Os visitantes terão a oportunidade de conhecer os projetos exitosos produzidos pelos agricultores e sobre os benefícios nutricionais dos alimentos melhorados convencionalmente com a distribuição de material informativo e palestras sobre essa experiência com pesquisadores da Embrapa. Estarão presentes na Feira a Embrapa Cocais (MA), Meio Norte (PI), Agroindústria de Alimentos (RJ), Agroindústria Tropical (CE), Arroz e Feijão (GO) e Solos (PE).
A Agritec será realizada de 11 a 14 de novembro, no Parque da Cidade, em Caxias. A Feira é uma realização do Governo do Estado, por meio do Sistema de Agricultura Familiar (SAF, Agerp e Iterma), da Prefeitura de Caxias, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Cocais) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e movimentos sociais (MST, MIQCB, Aconeruq, Fetaema e Fetraf).
Esse pessoal dessa Saf não é medíocre, pois eles deveriam era pensar que precisamos primeiro elevar os índices de produção e prodtividade da produção agrícola familiar que é pífio e não ficar inventando essa história de biofortificado. Fortifica o que não existe, só na cabeça desses medíocres.
Quero saber até quando o Governador Flávio Dino vai aturar essa mediocridade na Saf.