Em 1984 a Rede Globo apresentava a novela Amor com Amor se paga. Foi dessa novela que surgiu o avarento mais lembrado da teledramaturgia brasileira. Segundo a etimologia da palavra, avarento é aquele sovina, que só pensa em si e que não é generoso.
A história é ambientada em Monte Santo, uma fictícia cidade do interior em desenvolvimento. Nonô Corrêa (Ary Fontoura), personagem inspirado em O Avarento, de Molière, é o protagonista da trama, daqueles que marcam a história da teledramaturgia brasileira.
Pão duro ao extremo, Nonô coloca cadeados na geladeira e nos armários da despensa para evitar que os filhos, Elisa (Bia Nunes) e Tomaz (Edson Celulari), comam mais do que ele considera necessário. Além disso, Nonô proíbe os jovens de repetirem as refeições, desliga a luz da casa a partir de determinada hora da noite e anda com roupas velhas. Sua maior preocupação na vida é fazer economia. Nonô nunca se esquece de aumentar os aluguéis dos apartamentos que aluga, deixando os inquilinos desesperados.
O engraçado da história é que Nonô é muito rico e esconde de todos sua preciosa fortuna. O único que conhece seu segredo é Anselmo (Carlos Kroeber), seu fiel parceiro, que aguenta todas as suas esquisitices em nome de anos de amizade.
Com tanta economia e ruindade, será que a situação de Coelho Neto não faz lembrar a história da novela? Temos ou não temos alguém na cidade muito parecido com o velho Nonô Correia?
Qualquer semelhança terá sido mera coincidência…
Com contribuição do site TeleGlobo