“CHOQUE DE GESTÃO” PODE RESULTAR EM DEMISSÃO EM MASSA NA CAPITAL

“CHOQUE DE GESTÃO” PODE RESULTAR EM DEMISSÃO EM MASSA NA CAPITAL


A imprensa local tem noticiado todos os dias que o prefeito eleito, Edivaldo Holanda Júnior (PTC),  pretende contratar uma empresa que fez o “choque de gestão”, logo no início do governo Aécio Neves (PSDB), em Minas Gerais.
E mais: que alguns técnicos que ainda trabalham para o atual governo mineiro seriam convidados para assumir pastas ou cargos importantes a partir de 2013 na futura administração ludovicense.
Se o tal “choque de gestão” for implantado pelo prefeito eleito, os servidores municipais, notadamente aqueles que não têm estabilidade, podem colocar as barbas de molho. Vem aí demissão em massa.
A empresa Marcoplan, que trabalhou na administração Aécio Neves, anunciada pela imprensa da capital como a contratada por Edivaldo Holanda Júnior, fez um “choque de gestão” em Minas, que resultou no corte de gratificações, consequentemente reduções de salários, inclusive o do governador mineiro, e a chamada eliminação da gordura na folha de pagamento.
A Prefeitura de São Luís, como é do conhecimento de todos, tem uma folha enorme, herdada pelo atual prefeito João Castelo, vitaminada um pouco mais por ele próprio. São 12 mil serviços prestados e um número excessivo de cargos em comissão.
Para que se tenha ideia do tamanho do inchaço, existem cargos em comissão com número limitado desde a sua criação, mas irresponsavelmente inchado a cada gestão, sem contar as gratificações absurdas de alguns mais protegidos.
Mas voltando ao assunto das demissões em massa e na redução dos salários, resta saber se o prefeito eleito vai tirar a gordura do seu próximo salário de R$ 25 mil, o segundo maior do país, superior aos das capitais de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.
Se as demissões em massa forem efetivadas logo no primeiro instante de seu governo, terá ele esquecido da promessa de que não haveria necessidade de demitir ninguém? E como ficarão essas pessoas que serão jogadas no olho da rua, logo no início do ano, sem a menor perspectiva de novo emprego?
Se for para fazer “choque de gestão”, o futuro prefeito teve fechar as torneiras para evitar que o dinheiro fácil desça pelos ralos da corrupção, um dos maiores males de qualquer administração que desvia recursos às vezes bem superior que a folha de míseros salários mínimos .
Para fazer uma gestão decente e que não comprometa a aplicação dos parcos recursos da municipalidade, basta que se evite contratos superfaturados com empresa locais ou de fora.
E se quer mesmo praticar uma gestão moderna e capacitada que contrate, sim, consultorias para elaborar projetos viáveis e buscar recursos nas esferas federal e estadual e fazer o que é necessário para a cidade.

Do Blog do Luis Cardoso

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