
Foi à vida toda desde que nasci. Céu formado para chover sempre foi sinal de alerta: vela e fósforo na mão porque a luz ia faltar logo-logo. E já se foram vinte e seis anos e a coisa parece não ter mudado muito. Já imaginaram como é passar a noite às escuras em pleno século XXI?
Quando adolescente ouvi os governantes da época me dizerem que a inauguração de uma tal subestação, a maior do Norte e Nordeste seria a resolução do problema. Nada disso. A CEMAR conseguiu tornar-se privada, no entanto só não conseguiu garantir a melhoria no atendimento do serviço. O slogan “trabalhando sem parar” se confunde com as taxas exorbitantes de energia e com a má prestação de serviço na cidade, na região como de resto em todo o Estado. A CEMAR na verdade dá trabalho sem parar para seus milhares de clientes.
Na última terça (24) ao chegar em casa no finalzinho da tarde, voltei aos tempos da adolescência. Regredi no tempo e lembrei da chegada turbulenta da chuva e minha casa as escuras. Em Coelho Neto já se criou a lenda de quando um cachorro faz xixi no poste imediatamente a luz falta. A CEMAR deixou de acompanhar a boa prestação de serviço e de atender a satisfação dos seus clientes. A subestação não resolveu, o problema e as noites chuvosas continuam temerosas com o receio de que a qualquer hora ficaremos sem energia.
Esse nosso problema deve ter inspirado inclusive a letra da música de sucesso do Michel Teló. Realmente CEMAR assim você me mata!