SNJ finaliza texto de plano nacional que incentiva empreendedorismo entre jovens

Nesta segunda-feira (05) o comitê consultivo do Plano Nacional de Desenvolvimento de Empreendedorismo e Startups para a Juventude (PNDESJ) se reuniu na Secretaria Nacional de Juventude para finalizar o texto que, durante o ano anterior, foi alvo de uma consultoria e de outros três encontros do mesmo comitê. O envio do documento final e dos ajustes legislativos para os membros do comitê está previsto para 15 deste mês e, o lançamento, para março deste ano, em cerimônia solene.

A 4ª e última reunião do projeto contou com a participação da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa (SEMPE), e do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em parceria com a SNJ, a SEMPE passou a colaborar para a atualização e aprimoramento do PNDESJ.

Os diretores da Secretaria Especial da Micro e Pequena Empresa abriram o evento com uma mesa de discussão para explicar as principais iniciativas da SEMPE e, na parte da tarde, os membros do comitê traçaram estratégias para promover o aproveitamento das soluções oferecidas às diretrizes do Plano.

Também durante a ocasião, as contribuições colhidas na consulta pública disponibilizada em dezembro do ano anterior no portal da SNJ foram discutidas e implementadas no texto do PNDESJ.

“É importante destacar que, hoje, o Brasil possui mais de 51 milhões de jovens com idades entre 15 e 29 anos. É um recorde histórico, que precisa ser aproveitado. É importante salientar que grande parte deste público está ávida para empreender, mas, atualmente, 28,7% dos jovens brasileiros se encontram desempregados e 22,5 % nem estuda nem trabalha. A promoção de políticas públicas efetivas que incentivam o empreendimento focado na juventude funciona, nesse cenário, com uma forma de contribuir com o aquecimento da economia, desenvolvimento do mercado e transformador social. Quando o jovem brasileiro prospera, o país também prospera”, disse Felipe Vinhas, coordenador do projeto.

Consultores

Marcaram presença no encontro mais de vinte membros do comitê consultivo. Entre eles, o secretário adjunto da SNJ e coordenador do PNDESJ, Felipe Vinhas, o Secretário Especial da Micro e Pequena Empresa, José Ricardo Veiga, além dos diretores, Nizar Midrei, Fábio Santos Pereira Silva e Conrado Vitor Lopes Fernandes. Também compareceram os representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Felipe Sereno, Otávio Caixeta e Sérgio Alves, o representante do BNDES, Gabriel Gomes; Bruno Pimentel, do Ministério da Fazenda, Bernardo Craveiro e João Ricardo Nasseh, da Elogroup, Vinicius Lima, da empresa Besouro, Vanessa de Sá, da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Guilherme Gonçalves, da Confederação Nacional de Jovens Empresários (Conaje), Guilherme Calheiros, do Porto Digital, Rodrigo Afonso, da Dínamo Engenharia, Alexandre Cabral, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Afonso Lopes, da Confederação Nacional da Indústria, além dos advogados Douglas Leite e Marcelo Rechtman.

Pequenas empresas, grandes números

Criada para formular, implementar, acompanhar e avaliar políticas, programas e ações de apoio ao artesanato, aos microempreendedores individuais, às microempresas e às empresas de pequeno porte, a SEMPE assume um papel central no ecossistema empreendedor brasileiro.

De acordo com dados da SEMPE, hoje o Brasil conta com 8 milhões de micro e pequenos empreendedores, sendo que 7,4 deles possuem o registro de Micro Empreendedor Individual (MEI). Os lucros gerados por esses negócios respondem por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) do país por 54% dos empregos formais e, de janeiro a agosto de 2017, geraram cerca de 327 mil empregos.

“A parceria entre a SEMPE e a SNJ consolida a aproximação entre os assuntos da Juventude e as Políticas de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedorismo que desempenhamos. Foi um encontro muito produtivo, que auxiliará a melhorar o ambiente germinativo de negócios de jovens empreendedores, com efeito positivo na geração de empregos e renda em nosso país”, disse o Secretário Especial da Micro e Pequena Empresa.

Batalhas

Com base em levantamentos focados no ecossistema empreendedor brasileiro e na elaboração de uma série de diagnósticos que visam erradicar as principais dificuldades com as quais os empreendedores lidam, o Governo Federal lançará, ao longo deste ano, políticas públicas que incentivem o empreendedorismo, com foco na população jovem. Para tanto, o documento final do PNDESJ terá papel decisivo, visto que apresentará diretrizes para a intervenção estatal e propostas de planos de ação.

Durante o ano anterior, o comitê do PNDESJ elaborou um diagnóstico detalhado baseado nas principais barreiras com as quais o jovem empreendedor se depara no início de sua jornada. Estas vão desde a dificuldade de conseguir financiamento até a extensa burocracia necessária para abrir uma empresa.

Da Assessoria

SNJ promove último Encontro do Comitê de Desenvolvimento de Startups para a Juventude

Nessa quinta-feira (28), mais de 15 representantes de órgãos públicos e de entidades privadas se reuniram para participar do 3º Encontro do Comitê de Desenvolvimento de Startups para a Juventude. A reunião foi a última de uma série de três eventos que visam discutir as diretrizes de implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento de Startups para a Juventude, coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude.

Com base em levantamentos sobre o ecossistema empreendedor brasileiro e na elaboração de uma série de diagnósticos que visam erradicar as principais dificuldades com que os empreendedores lidam, o Comitê de Desenvolvimento lançará, ao longo do próximo ano, políticas públicas que incentivem o empreendedorismo, com foco nas demandas da população jovem.

Estavam presentes no encontro, Bruno Pimentel, do Ministério da Fazenda; Juliana Muller, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC); Vanusa de Sá, da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendedorismos Inovadores (Anprotec); Rafael Wandrey, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Gabriel Gomes, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Alexandre Cabra, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Ao reunir representantes que atuam no ecossistema empreendedor e das principais entidades públicas, os elaboradores do Plano Nacional de Startups planejam criar um diagnóstico completo e aprofundado sobre a realidade do empreendedor brasileiro. No 3º Encontro do Comitê, foram realizadas dinâmicas e rodas de discussão com base nos avanços dos encontros anteriores. O objetivo é elencar soluções que possam ser transformadas em leis e políticas de incentivo ou em pacotes de apoio ao empreendedor, com foco na população jovem, que representa, hoje, 40% da força empreendedora brasileira.

“O empreendedorismo é uma saída inteligente para a crise financeira que o país está vivendo. É uma forma positiva de encarar a aridez econômica”, reflete Gabriel Gomes, Chefe de Departamento de Finanças do BNDES.

O representante da instituição falou também da importância de investir na população jovem: “O jovem é dinâmico e abraça a oportunidade de inovar, quer conduzir os processos de maneira independente, ele se alimenta do desafio. Essas são características valiosas dentro do empreendedorismo voltado para a inovação. Os bancos precisam se atentar para a riqueza desse público a ser descoberto e criar alternativas de financiamento para todos os perfis de empreendedor, desde aquele que pratica empreendedorismo social até o jovem que sonha em abrir uma startup e investir em novas tecnologias”, afirmou Gabriel Gomes.

Os dois encontros anteriores renderam ao Plano Nacional de Startups para a Juventude um diagnóstico baseado nas principais barreiras com as quais o jovem empreendedor se depara no início de sua jornada, que vão desde a dificuldade de conseguir financiamento até a extensa burocracia necessária para abrir uma empresa.


Desses entraves, decorreram quatro principais obstáculos que deverão ser vencidos num período de dois anos, pós lançamento do Plano em questão. Os obstáculos são a universalização da educação empreendedora, redução do tempo de abertura da empresa, difsão do conhecimento das políticas públicas voltadas aos empreendedores e alavancamento do investimento anjo (investimento efetuado por pessoas físicas em empresas nascentes com alto potencial de crescimento). Focados em vencer esses desafios, os articuladores do plano pretendem criar políticas públicas que atendam a essas demandas.

Bruno Pimentel, da Subsecretaria de Gestão Estratégica do Ministério da Fazenda, defende que investir na população jovem equivale a investir no futuro. “A necessidade da implementação do plano é assertiva. A partir do momento que mais jovens passam a exercer atividade empreendedora, a arrecadação estatal aumenta, assim como os nossos níveis de competitividade e as margens para investimento em políticas públicas”, explica.

Para o secretário-adjunto da Secretaria Nacional da Juventude e coordenador do projeto, Felipe Vinhas, estamos diante de uma oportunidade sem precedentes, que passa pela valorização da população jovem e da garantia de autonomia e de oportunidades para o seu crescimento.

“Nós não teríamos conseguido chegar a essa compreensão do ecossistema empreendedor sem antes nos colocar no lugar do público jovem, que está ávido para empreender e, consequentemente, contribuir com o aquecimento da economia e o desenvolvimento do mercado. Quando o jovem brasileiro prospera, o país também prospera”, afirma Felipe Vinhas.

Próximos passos

Ainda em outubro deste ano, haverá a consolidação dos estudos realizados desde o início da consultoria. Na sequencia, o documento base do Plano irá para Consulta Pública pelo período de um mês, um passo decisivo para o estabelecimento de políticas públicas voltadas para o empreendedorismo. Em novembro, serão feitos os ajustes finais para a consolidação do Plano.