Aluisio tenta barrar ‘módulos de encontros íntimos’ para presos no MA

Aluisio tenta barrar ‘módulos de encontros íntimos’ para presos no MA

Após a reprovação popular da construção de cabines íntimas para presidiários durante a pandemia pelo governo Flávio Dino, o deputado federal Aluísio Mendes (PSC-MA) decidiu tentar impedir a ação.

Segundo revelou o Blog do Gilberto Léda na sexta-feira passada (5), a gestão Flávio Dino (PCdoB) pagará R$ 1.318.152,60 pelos pelos equipamentos. O valor é referente a dois lotes de mais de R$ 600 mil. O contrato foi assinado pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Serão), no dia 28 de janeiro (saiba mais).

A ação de Aluísio Mendes na Procuradoria Geral da República questiona a prioridade, moralidade e eficiência da contratação, demonstrando que em plena pandemia a secretaria evita medidas preventivas para realizar ações que podem potencializar a proliferação do contágio.

Para Mendes a lei do FUNPEN “demonstra que em vez de se construir verdadeiros “motéis” para encontros íntimos dos detentos, que são um risco à própria população carcerária, em face de gerar riscos de contágio, podem ser feitas construções, adequações e aperfeiçoamentos nas unidades prisionais para enfrentarem a pandemia, melhorando-se às práticas de distanciamento dos detentos e fazendo adequações nas instalações de saúde das unidades prisionais.”

Aluísio ainda afirmou já ação que “em vez de tamanho gasto ser realizado para “cuidar” dos encontros íntimos dos presos, deveria, pela lei, serem realizadas políticas públicas de efetiva proteção das vítimas dos crimes”. Pedindo ao Procurador Geral da República para “viabilizar o investimento de tais valores na compra de vacinas e insumos para proteger a vida dos maranhenses no enfrentamento da pandemia ou, em sendo adotado entendimento de direcionamento exclusivo dos recursos ao sistema carcerário, que os recursos sejam direcionados para a compra de vacinas para os profissionais que trabalham no sistema carcerário e detentos.”

Do Blog do Gilberto Leda

Auxiliar de Belezinha é denunciado por compra de votos…

Mesmo tendo perdido a eleição para o ex-deputado Magno Bacelar (PV), a prefeita de Chapadinha, Dulcilene Belezinha (PRB), ainda pode ter problemas com a Justiça Eleitoral.

Um dos seus principais operadores durante a campanha eleitoral, Aluísio Santos, ex-secretário de Obras do Município, foi denunciado pelo Ministério Público por compra de votos.

A denúncia é do promotor eleitoral Douglas Assunção Nojosa.

Consta dos autos que Aluísio Santos teria aliciado familiares de Maria da Conceição da Silva Sousa para votarem em sua candidata ao cargo de prefeita, Maria Dulcilene Pontes Cordeiro, conhecida como Belezinha.

No dia 24 de setembro de 2016, Aluísio Santos compareceu no bairro Fonte do Mato, para fazer campanha para Maria Dulcilene Cordeiro. Ele trabalhou todo o seu mandato comosecretário de Obras, sendo seu assessor mais próximo.

Ao chegar na casa de Ilzanete da Costa Sousa, mãe de Maria da Conceição da Silva Sousa, o denunciado teria oferecido ajuda financeira para que a família votasse em Maria Dulcilene Cordeiro.

Pediu ainda para que os moradores da residência cooptassem outros eleitores para votarem na referida candidata, oferecendo em troca dinheiro ou materiais de construção.

Ao chegar à casa de sua mãe e perceber a intenção do denunciado, Maria da Conceição da Silva Sousa resolveu gravar a conversa por meio de um aparelho celular. Dessa forma, foi possível ouvir Aluísio Santos oferecendo ajuda para reforma da casa de Ilzanete da Costa Sousa, em troca de votos.

Na ocasião, ficou acertado que ele entregaria para a família dois mil tijolos, dez sacos de cimento e cinco barras de ferro. O denunciado efetivamente cumpriu o prometido e mandou deixar na casa de Maria da Conceição da Silva Sousa, no dia 28 de setembro de 2016, todo o material oferecido em troca de votos.

Para completar, os materiais foram entregues por um veículo e por empregados da empresa Meneses & Pontes Ltda (cujo nome de fantasia é Júnior Construções), de propriedade da família da candidata Maria Dulcilene Cordeiro.

“Consta que a família de Maria da Conceição da Silva Sousa é muito influente no bairro, pois ela é professora; sua mãe trabalhou 16 anos como técnica de enfermagem; e seu pai exerceu o ofício de comerciante por vários anos no local”, ressaltou, na Denúncia, o promotor eleitoral.

O MPMA comprovou a ilegalidade por meio de declarações prestadas por Maria da Conceição da Silva Sousa; pelo áudio gravado da conversa do denunciado com Ilzanete da Costa Sousa; pela filmagem da entrega do material; além da nota de entrega deixada pelos empregados da empresa Júnior Construções.

Se condenado, Aluísio Santos pode se proibido, por dois anos, de frequentar boates, casas noturnas e estabelecimentos similares, salvo se em serviço; de ausentar-se da comarca por mais de 15 dias sem autorização judicial.

Também pode ser obrigado a comparecer pessoalmente, a cada dois meses, ao juízo da comarca. O MP pede, ainda, aplicação de multa.

Do Blog do Gilberto Leda