Trabalhadores do Grupo João Santos de Coelho Neto entram em greve

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Parque fabril do Grupo João Santos em Coelho Neto: fechado para uma ampliação que nunca ocorreu

Mariano Crateús, presidente do Sindicato dos Papeleiros de Coelho Neto, no Maranhão, informa que os trabalhadores das empresas ITAPAGÉ S/A – Celulose, Papéis e Artefatos, e AGRIMEX – Agro Industrial Mercantil Excelsior S/A (ambas pertencente ao Grupo Industrial Joao Santos, atualmente Grupo NASSAU) entrararam em greve na manhã desta segunda-feira, dia 20 de julho, por tempo indeterminado. “A greve deverá prosseguir até que essas empresas faça o pagamento dos salários e de férias dos trabalhadores que estão atrasados”, diz Mariano.

O dirigente sindical lembra que em dezembro de 2005 a empresa ITAPAGÉ S.A. e a AGRIMEX S.A. pararam suas atividades para fazer reforma e ampliação do parque fabril.  Na ocasião, demitiriam cerca de  1.500 trabalhadores do setor industrial e Rural . “A reforma e a ampliação nunca foram iniciadas, mas a empresa AGRIMEX S.A., que fornecia o bambu picado para fabricação da celulose e papel e para queima nas caldeiras para produzir vapor, passou a vender essa matéria prima para outras empresas em vários estados do nordeste. Hoje as duas empresas tem um quadro de cerca de 280 trabalhadores”, explica Mariano.

Desde janeiro de 2014 as duas empresas vêm atrasando os pagamentos de salário e férias. No período entre janeiro de 2014 a fevereiro de 2015, a partir das denúncias do Sindicato Local, foram realizadas quatro audiências no MPT – Ministério Público do Trabalho na tentativa de fazer um TAC – Termo de Ajuste de Conduta, sem sucesso.

O sindicalista destaca ainda que na última assembleia geral com a categoria, realizada no dia 16 de julho, os trabalhadores aprovaram a paralisação das atividades das empresas, a partir do dia 20/07/2015 até que os pagamentos sejam regularizados.

Segundo Mariano, as empresas devem as férias do mês de junho 2014, a quinzena do dia 20 de junho 2014, a folha de junho pago até o quinto dia útil de julho, a contribuição do Sindicato, retida desde Abril de 2015, o imposto sindical, que foi descontado na folha de março 2015. Houve ainda a suspensão do atendimento do Plano de Saúde e Odontológico dos trabalhadores. (Uma parte do valor do Plano de Saúde é pago pelos trabalhadores e descontados em folha).

Diante dessa situação, O Sindicato Local já denunciou o caso ao MPT – Ministério Público do Trabalho no Maranhão 16ª região de Caxias, à Superintendência Regional do Trabalho no Maranhão, à DRT – Delegacia Regional do Trabalho no Maranhão.

Nenhum desses órgãos se manifestou até a data de hoje, 20 de julho. Por isso, as duas fábricas estão paradas.

Do site do SINAP

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