Crise no Grupo João Santos: um pesadelo que volta a atormentar…

Itapagé fechada em 2005: o pesadelo volta a assombrar. Foto: João Osório

O artigo Falência, relacionado a crise no Grupo João Santos produzido pelo colunista Rubens Frota e republicado por esse blog em primeira mão no último final de semana, causou intranquilidade em Coelho Neto.

Infelizmente a crise acentuada num dos maiores conglomerados do Nordeste afeta diretamente a cidade e nos remete ao fatídico ano de 2005. Naquela manhã do dia 08 de dezembro, o grupo João Santos fechava oficialmente as portas da empresa Itapagé S/A Celulose, Papéis e Artefatos – a terceira, na época, no ranking brasileiro de produção de papel cartão. As indústrias de papel e celulose e de açúcar eram responsáveis, em média, por 90% dos empregos formais em Coelho Neto.

Um mês depois foi o suficiente para as demissões começarem. A empresa dizia que o fechamento era motivado pela perda de mercado ocasionado pela necessidade de modernização dos equipamentos. O assunto ganhou repercussão na imprensa nacional e o município chegou a decretar situação de emergência.

Com a suspensão das atividades da Itapagé, o que ficou foi um cenário de caos social causado pela demissão de mais de 1200 funcionários que tiveram que sair da cidade em busca de novas oportunidades, o comércio pujante de antes entrou em decadência, a economia local passou a depender sobretudo do FPM e dos poucos empregos oferecidos pela empresa Itajubara S/A, outra empresa do Grupo.

As atividades das empresas que continuaram (Itajubara e Agrimex), no entanto, estão ameaçadas. Comentários dão conta de que a empresa começou a se desfazer de lotes de terras de seu patrimônio e que esse ano não produziria álcool, já tendo negociado inclusive, toda sua produção de cana com a empresa Comvap, de União-PI.

A possível paralisação definitiva do Grupo João Santos é sem dúvida alguma, um duro golpe para a cidade e toda a região. Diferentemente do pesadelo de 2005, esse será sem dúvida bem pior, pois o cenário de crise nacional é adverso para assim como há quase 12 anos atrás, absolver a mão de obra daqueles que terão que sair em busca de oportunidades.

Que Deus nos guarde!

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