Belezinha confessa crime, ataca Zé Inácio e sonha com nova eleição…

Foto: Blog do William Fernandes

Do Blogue do Braga

A ainda prefeita de Chapadinha, Ducilene Belezinha (PRB), esteve na tarde desta sexta-feira (23) no programa Direito ao Assunto, da rádio Mirante AM, em longa entrevista na qual falou sobre diversos assuntos. Seguem algumas considerações:

“Eu dei a nota, né”

Na tentativa de atacar o prefeito eleito, Dr Magno Bacelar, Belezinha acabou se incriminando. Ao falar do seu zelo com o dinheiro público, ela se disse muito diferente de gestões anteriores, nas quais os recursos de obras eram sacados por meio de notas frias. Como ela sabe disso? Era ela mesmo quem dava as notas fiscais por meio das suas empresas.

“Eu dei a nota, né. Eles compravam material lá, eu dei uma nota de R$ 147 mil naquela época, 2007, por aí, 2008. Dei essa nota e depois eu recebi a Polícia Federal na minha loja querendo saber se eu tinha reformado, eu disse não, apenas dei a nota”, declarou na maior naturalidade.

Zé Inácio esqueceu Chapadinha

Belezinha não mediu palavras para atacar o ex-aliado Zé Inácio. Segundo a prefeita, a única promessa que o deputado teria feito a Chapadinha ele não cumpriu. A prefeita o acusou de vender a ilusão de uma emenda no valor de R$ 500 mil para equipar a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas o dinheiro nunca foi enviado e ele nunca se empenhou para que o governo do estado liberasse o recurso. “Ele esqueceu Chapadinha, deve lembrar de novo em 2018, né”, disse.

Graças ao apoio de Belezinha, Chapadinha foi o município que deu a maior votação para a eleição de Zé Inácio em 2014 (6402 votos) e a maior retribuição foi a intervenção da direção nacional, orquestrada pelo seu gabinete, que deu o PT cartorialmente para a coligação de Belezinha 2016, mas ele não apareceu na campanha e, segundo a própria, nem atende mais os telefonemas dela.

Belezinha, a perseguida

Engana-se quem acha que Belezinha é perseguidora. É nada! Nas palavras dela, ela é quem foi perseguida por professoras concursadas que queriam receber sem trabalhar. Uma delas seria a professora que denunciou a tentativa de compra de votos do articulador político Aluísio Santos.

Sobre o mérito da denúncia que pode deixá-la inelegível, a prefeita não se explicou.

A mesa é dela e ninguém mexe

De todas as lições que a prefeita poderia ter nos quatro anos do mandato, a que ela disse ter aprendido foi a importância de ter o presidente e a mesa diretora da Câmara alinhados com ela. Para conseguir isso, Belezinha defende que os nove vereadores eleitos pelas suas coligações entrem em consenso por um dos seus nomes e eleja a direção do Legislativo apenas com aliados seus. “Elegemos nove, não precisamos dos outros seis”.

“Daqui a três meses, quem sabe…”

Pode parecer brincadeira, mas Belezinha ainda guarda esperança de voltar à prefeitura antes de 2020.

Para isso, ela conta primeiro com uma improvável declaração de inconstitucionalidade da lei que passou a obrigar a realização de novas eleições sempre que um prefeito eleito seja cassado.

Depois disso, segundo seu cálculo, a candidatura de Magno Bacelar ainda seria cassada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contra as decisões já tomadas nas primeira e segunda instância. Em até três meses ela poderia estar de volta. É muita fé para quem tem perdido todas na Justiça.

Mas e se Magno for cassado e tiver nova eleição? Ela já anunciou que seria candidata porque não poderia abandonar os 16 mil eleitores que votaram nela e que, segundo a própria, já seriam hoje bem mais de 16 mil.

Então tá.

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